
O núcleo inicial dos Talking Heads surgiu quando David Byrne decidiu formar uma banda junto com seu colega da Rhode Island School of Design, Chris Frantz, também baterista. Eles chegaram a fazer algumas apresentações, às vezes denominando-se The Artistics e em outras The Autistics. Mas a ideia só tomou fôlego quando convocaram a namorada de Chris, Martina Weymouth, para o baixo, quando se mudaram para Nova York em 1974. Talvez a maior contribuição para o rock, atribuída aos Talking Heads, tenha sido a gradativa fusão de sons eletrônicos com polirritmia percussiva, mas o que se repercutiu evidentemente foi a consagrada posição feminina de contrabaixista, mesmo camuflada, às vezes imperceptível, em diversas bandas. No final da Idade Média, Joana D’Arc mostrou-se extremamente poderosa, a ponto de modificar o destino de uma guerra de cem anos. Inicialmente, pastora ou habitante dos bosques e prados, ela foi admitida como estrategista incrível. Uma estrategista de 17 anos, a quem se confiou um exército e a quem os príncipes obedeciam, mas que ia ao combate sem armas e não participava da matança dos homens. Tinha um imenso cuidado com sua aparência transexual, entretanto, depois da instauração do Estado-exército, ela foi vendida, julgada e condenada à fogueira como uma ‘feiticeira’. Destino muito menos cruel teve Kim Deal, Sean Yseult, Kim Gordon, Martina Weymouth, mas não deixaram de ter confiadas bandas, como Pixies, Breeders, White Zombie, Sonic Youth, a quem muitos band leaders obedecessem.
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