segunda-feira, 27 de julho de 2009

Sacher-Masoch [Poison Ivy]


Rockabilly, psicodelia dos grupos de garagem dos anos 60 e microfonia misturados com a cultura pop mais podre: o universo de Lux Interior e Poison Ivy, do Cramps. Os dois se conheceram na Califórnia em 1972, adoravam pessoas estranhas, alucinógenos e rock primitivo. Casaram-se e se mudaram para Nova York, dispostos a montar uma banda. Eles vivem no passado e sua missão é simplesmente mostrar como ele era muito mais divertido. Mistery Plane resume bem a filosofia da banda: ‘eu não consigo me identificar com esse mundo, então nem tento’. O que os influenciaram é o humor-negro meio Faster Pussycat Kill! Kill!, filme de Russ Meyer, sobre um grupo de mulheres que barbarizaram com seus carros em pleno deserto. Quando ela toca Ivy guitarra, ela entra em transe psicodélico, tem visões e coisas do tipo. Formas opulentas e musculosas, caráter altivo, vontade imperiosa, certa curiosidade na ternura ou na ingenuidade: cortesã oriental, terrível czarina, revolucionária húngara, criada-patroa, camponesa sármata, mística gelada, mocinha de família – todas elas se situam em uma mesma base, princesa ou camponesa, com pele de arminho ou de carneiro, é sempre a mesma mulher de couro e de chicote que torna o homem seu escravo.

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